quinta-feira, 25 de junho de 2009

Tecnologias na Educação: Ensinando e aprendendo com as TIC- 100 H

“A era do conhecimento passa a exigir uma qualificação que não é mais a simples acumulação de conhecimentos, mas a capacidade de buscar e analisar informações cada vez mais complexas e que se multiplicam cada vez mais rápido”. (THUROW, 1996) citado por TEIXEIRA e ANDREWS (1998).
Nas últimas décadas, o desenvolvimento tecnológico de informação e comunicação, assumindo um ritmo crescente, imprime à sociedade novos rumos. O homem tem uma capacidade singular de armazenar informações e a tecnologia amplia essa capacidade. Essa capacidade é que permitirá a atuação profissional na atual cultura tecnológica.
Segundo SCULLEY (1989), citado por STHAL (1990), “estamos a ponto de criar novas ferramentas que, como a imprensa, irá dar mais poder aos indivíduos, abrir novas áreas de conhecimentos, e forjar uma comunidade de idéias. Esse núcleo de tecnologias e de ferramentas ajudarão a criar um novo ambiente para uma vida de aprendizagem”.
A disponibilidade de novas tecnologias, com o aumento do conhecimento sobre os processos cognitivos, sobre a comunicação humana e a comunicação homem-máquina, e a facilidade crescente de manipulação da informação estão abrindo inúmeras perspectivas para a educação.
A Educação trabalha no universo da diversidade, das individualidades, das subjetividades, das socializações e ao longo dos últimos anos que temos de experiências com as mídias tecnológicas, fomos descobrindo que não basta ter computadores e software na escola ou alguém já viu computador dando aula sozinho?, a lousa apresentando sozinha “a matéria”?, algum professor já foi demitido só porque a escola comprou um videocassete? Não. Isso não aconteceu e nem acontecerá, desde que o professor entenda que a entrada da sociedade na era da informação exige habilidades que não têm sido desenvolvidas na escola, e que a capacidade de novas tecnologias de propiciar aquisição de conhecimento individual e independente, implica num currículo tradicional e a filosofia predominante, e depende dele a condução das mudanças necessárias.
As exigências feitas à educação pela era da informação constituem-se também em grandes e específicos desafios para os professores, que se encontram despreparados para fazer uso das tecnologias.
Evidencia-se, portanto, que as novas tecnologias de comunicação e informação estão se tornando realidade para um número cada vez maior de alunos, e a escola precisa fazer uso delas, de modo que venham, efetivamente, a contribuir para o processo de aprendizagem.
A sociedade moderna está exigindo comportamentos que nem sempre são encarados como prioridades pelos professores: o rompimento da divisão artificial entre os conteúdos criada pela escola; a multiplicidade de fontes de informação; a mudança no papel do professor, que se torna um facilitador, permitindo que o aluno assuma seu papel de sujeito da própria aprendizagem e desenvolva habilidades cognitivas de nível superior.
Não basta simplesmente transferir o processo de ensino-aprendizagem, na forma em que ocorre na sala de aula, para uma nova tecnologia, dando ares de modernidade à escola, sem alterações em profundidade. É preciso que os professores estabeleçam o quê, como, onde, porquê, para quê, a quem e para quem servem as novas tecnologias, e só então fazer uso delas, um uso consciente e responsável.
Para que isso ocorra há que se formar um novo perfil de professor que inclua:
- sólida formação inicial: competência técnica consciente da problemática criada na escola e na sociedade pelo advento das novas tecnologias;
- percepção clara do contexto sócio-político-econômico-cultural: consciência crítica capaz de compreender a influência da tecnologia no mundo moderno, e de colocá-la a serviço da educação e da formação de seus alunos;
- preocupação com a relação entre teoria e prática: romper com práticas arcaicas, que só se mantém pelo comodismo de muitos, e repensar o fazer pedagógico, como um profissional crítico, questionador de sua própria prática;
- busca de constante auto-aperfeiçoamento: professor consciente de que precisa estar em constante aperfeiçoamento, dominar as variadas tecnologias e ter uma noção muito clara de seu potencial educativo para si e para seus alunos;
- aceitação e uso de inovações: é preciso romper a resistência dos professores à inovação;
- ênfase no trabalho cooperativo e interdisciplinar: o trabalho cooperativo é visto como uma estratégia incentivadora nas relações de trabalho entre os indivíduos;
- consciência de ser agente de mudanças: a educação não pode distanciar-se da realidade, e o professor deve manter permanente reflexão crítica a respeito da educação que recebe e da que transmite.
KEARSLEY (1996) diz “se queremos ver a tecnologia ter mais impacto nas escolas e nas organizações de treinamento, precisamos ter como nossa principal prioridade a preparação de bons professores”.
É inegável a influência das tecnologias da informação e da comunicação em nosso dia-a-dia, na prática profissional em geral e na prática educacional em particular.
A tecnologia pode/deve ser um instrumento facilitador na otimização e dinamização do tempo de aula e na concepção de metodologias ativas que requeiram a participação dos alunos de uma forma mais efetiva.
Independente da modalidade de ensino – presencial ou a distância – o que fica claro é que o mundo pós-moderno já não comporta mais paradigmas arcaicos educacionais onde o professor – dono do conhecimento – repassa aos alunos por meio de uma aula expositiva o seu saber e estes colhem e acumulam as informações transmitidas.
Neste contexto de transformações, observa-se que há, por parte de muitos professores, um perfil conservador e uma forte resistência ao novo. Para PERRENOUD (2000) isso é proveniente de uma série de fatores, dentre os quais, o fato de que a maioria dos professores foi formada em uma perspectiva individualista e auto-suficiente.
Por essa razão é que se entende o uso das tecnologias educacionais como um ato bidirecional, pois, ao mesmo tempo que volta-se para a frente, ao utilizar vantagens só disponíveis por meio do avanço da tecnologia, é também, algo que nos induz a olhar para trás, rever conceitos, verificar os resultados, e aprender um pouco mais.
MORAN (1999) afirma que “a internet é ótima para professores inquietos, atentos a novidades, que desejam atualizar-se, comunicar-se mais”.
O papel do professor, segundo BELLONI (1999), é o de “orientar os alunos nos estudos da disciplina pela qual é responsável, esclarecendo dúvidas e explicando questões relativas aos conteúdos, mas não somente isso. Ele deve fazer com que os alunos busquem e que não esperem uma resposta já decifrada, pois é precisamente esta situação que eles vão encontrar na vida e no trabalho”.
As tecnologias educacionais permitem hoje, através de vários recursos, a realização de cursos online eficazes e de ótima qualidade. O ensino a distância mediado por computador permite que o aluno seja realmente ativo, responsável pela sua aprendizagem, que aprenda a aprender, respeitando o processo de ensino-aprendizagem de cada aluno, de acordo com suas condições e disponibilidade pessoal.
Convido, então, você caro professor a vir fazer parte deste seleto mundo e aproveitar o curso Aprendendo e Ensinando com as TIC - 100 h.